LondresE a sensação de estar em casa, fora de casa.

A viagem para Disney foi a realização de um sonho de criança. Mesmo antes de saber que eu desejava a Disney, eu tinha alguns países numa lista de categoria especial. Nós fomos para a Escócia em 2019, e era suposto irmos em 2020 para um milhão de lugares que não fomos por causa da pandemia. É verdade também que enrolamos com essa viagem porque de início a ideia era ir no verão, todo mundo já ouviu falar como é o tempo em Londres, então longe de mim querer só dias cinzentos num lugar como aquele.

Então, como eu já contei no Post de Sevilla, no começo desse ano, deu a louca, e logo depois de comprarmos as passagens para Sevilla, decidimos (ou os valores dos hotéis decidiram) que iríamos a Londres em Março comemorar o aniversário do Lucas.

Passou Sevilla, acabei o curso, chegou março, e finally era hora de conhecer Londres.

Fun Fact: Eu sabia que ia adorar Londres, mesmo nunca tendo estado lá. Essa viagem, aquele lugar que eu só tinha visto em filmes e imaginado, viveu no meu inconsciente por tanto tempo, que ao chegar lá só pareceu natural. Eu geralmente fico super ansiosa antes de uma viagem e dessa vez estava super tranquila, era como se eu já tivesse tido lá tantas vezes que fosse só mais uma viagem. Eu consigo me ver morando naquele lugar perfeitamente, não que eu vá fazer malas e me mudar, mas é verdade que Londres ficou com parte de mim.. Talvez uma outra Salua de uma outra vida, quem sabe…

Mas vamos ao que interessa. Obviamente, Londres é gigantesca, com uma quantidade absurda de gente e com custo de vida muito diferente de Portugal, portanto antes mesmo de viajar muita coisa tinha que ser decidida/resolvida.

As passagens foram pela Ryanair que faz o voo Porto – Londres Stansted que é um aeroporto que fica mais distante. Para ir do aeroporto para Londres, além das opções “normais” que a gente não usa como Uber/taxi/transfer, havia também ônibus e trem. Aqui cabem algumas avaliações em termos de custo benefício.

O ônibus supostamente é mais barato, mas leva mais tempo e pode variar conforme trânsito e essas coisas.

O trem sai as horas, é mais rápido e também mais caro. E tem que ser comprado com antecedência ou fica cada vez mais caro.

Então 40 minutos depois de apanharmos o trem no aeroporto desembarcamos na estação de Liverpool Street, com um tempo que esboçava um sol. Antes de considerar ir pegar o metrô, fiz uma pequena pausa para um café ÓBVIO, e um lanchinho já que tristemente eu esqueci os croissants em casa.

Aí começava a aventura. Primeiro para tentar entender como funcionavam os bilhetes para o metrô (desistimos e usamos o revolut e vale muito a pena), depois porque Londres tem imensas estações de metrô e pior que isso, um sistema que faz com que mais de um metro diferente passe na mesma plataforma; Então qual o não espanto, quando pegamos o primeiro metrô errado ao tentar ir para o hotel kkkk porque não prestamos atenção para onde aquele ia. Descemos na estação seguinte, conseguimos nos orientar, e lá fomos nós. Como ainda era muito cedo para o check in, deixamos as malas, e fomos começar o tour. Pequenos passos depois de sair do hotel, estávamos na Abadia de Westminster.

Outra nota de esclarecimento. Assim como Londres tem imensas coisas gratuitas como vamos ver, existem outras tantas bem conhecidas e com bilhetes de entrada absurdos! Por exemplo, só para entrar na Abadia custava 27 libras. Dispensei…

Um pouco mais a seguir, o famoso Big Ben, que deixe-me dizer, não parece tão big assim. Lindíssimo, mas não tão big quanto eu esperava. Um milhão de fotos depois, um milhão de turistas depois, chegamos ao parlamento e a Westminster Bridge. A cidade estava abarrotada! Atravessamos a ponte, avistamos a London Eye, voltamos e seguimos em direção a Trafalgar Square.

Na Trafalgar Square, ia acontecer ou havia acontecido alguma coisa relacionado ao Patrick Days, e estava basicamente toda fechada, então nesta altura, decidimos que era hora de encontrar um lugar para comer. Então ali mesmo encontramos o nosso favorito das viagens, um restaurante mexicano! Comemos, desfrutamos de um sol bizarro que surgiu do nada, e fomos em direção a Piccadilly Circus. Entramos em lojas de doce pega turista em busca de um chiclete caro e ruim, vimos um pikachu com roupa de karate do Cobra Kai, e resolvemos entrar na loja de Lego; Para um sábado achei que a fila estava consideravelmente pequena e entramos bem rápido. Compramos um lego (afinal não somos de ferro) e atravessamos a rua para entrar na loja do MMs que é simplesmente ENORME. A loja tem uns 4 pisos, mais uma voltinha e uma lembrancinha, e decidimos deixar para fazer o Soho de noite e voltar para o hotel e colocar as pernas para cima. Na volta, o caminho nos fez passar pelo Palácio de Buckingham e, well, eu esperava mais pra ser honesta…

Então depois de um descanso, era hora de ver Londres de noite, não confundam com Londres noturna porque né, somos um casal de velhotes que não tão para baladas e bares kkkk

Pegamos o metrô em direção a Carnaby St. e que decisão maneira foi ir lá a noite! Eu sabia que a rua era assim diferente, mas provavelmente é a noite que ela ganha o toque especial.

Encontramos uma máquina de fotografias, rimos um monte, e seguimos em direção a Chinatown, e aqui já não posso dizer que tomamos decisões acertadas. Era sábado à noite, parece-me que todo mundo teve a mesma ideia que foi comer por lá, e as ruas em chinatown estavam apinhadas e os restaurantes todos com fila.

Decidimos que noodles seria uma boa opção de jantar e decidimos escolher um lugar mais afastado com boa nota. Aqui o erro nem foi o lugar, não que não fosse suspeito comer numa cave que cabia 3 mesas, mas o menu. A montra tinha umas comidas que pareciam yakissoba que tinham ótimo aspeto, mas como queríamos comer noodles, fomos jogar pelo seguro e olha, eu fiquei tão triste que sequer tenho foto da comida, e acabei a noite num Tesco (mercado), comendo um meal deal (combinação de lanche+bebida, que se paga mais barato).

Dia seguinte, era o dia de anos do amor. Então, começamos pegando fila pra tomar café da manhã no hotel, e seguimos para o British Museum, que é gratuito e enorme!

Entramos às 11hs, saímos de lá quase 15h e não vimos nem metade do que lá havia, mas essa hora a fome já apertava, e era hora de mais um clássico, Vapiano.
Depois de alimentados, seguimos em direção a estação de King Cross, não tive paciência pra esperar na fila gigante que tinha pra tirar foto com o carrinho que atravessa a parede de HP,  demos uma voltinha na loja de coisas de HP, um café e seguimos em direção ao Camden Market.

Camden é um bairro conhecido que tem uma rua com várias lojas de montra enfeitada e um mercadinho cheio de lojinhas e restaurantes ao ar livre. Pouco antes das 19h começou a chover e decidimos pegar o metrô para voltar para a casa e então, SURPRISE. A estação estava fechada. Eles fecham algumas estações devido ao alto fluxo de pessoas para controlar…ok, e agora? Muito mal posicionado tinha uma placa atrás da grade a dizer que poderíamos andar uns 10 min até a estação mais próxima, ou como disse o Google, poderíamos virar a esquina e pegar um ônibus. Adivinha qual foi a opção? E então, mais um item riscado da lista, lá estava nós andando num ônibus de dois andares vermelhinho em Londres.

Voltamos ao hotel e começamos a pensar no que jantar. Como era aniversário do Lucas, apesar de não estarmos cheio de fome, não queria deixar passar em branco, decidimos então ir ao Nando´s uma franquia de frango que tinha perto do hotel. Chegamos lá e infelizmente o local estava fechado 🙁 depois de passar uns 10 minutos discutindo se deviamos ou não comer coisa qualquer, decidimos voltar para o hotel.

No dia seguinte, decidimos pular o café no hotel e pegar um café na rua e seguimos para o Sky Garden que estava agendado. Aliás o Sky Garden é um miradouro no ultimo andar de um prédio que é gratuito e que deve ser agendado com a máxima antecedência possível, fui reservar 3 semanas antes e já não havia horários para o fim de semana.

Subimos então ao último andar para a belíssima vista. Passamos um tempo lá em cima, então resolvemos descer e ir caminhando em direção a Tower Bridge.

Obviamente eu confundi o nome das pontes todas e seguimos em direção a London Bridge. Atravessamos, e fomos seguindo até o London City Hall, de lá já conseguimos ver a ponte certa 😂depois de obrigar o pobre do Lucas a tirar 15245 fotos em todos os angulos possiveis, fomos atravessar a Tower Bridge em direção a Tower of London.

É possível subir na Tower Bridge e entrar na Torre de Londres..Não fizemos nenhum dos dois kkkk contornamos a Torre, e paramos no gift shop para o Lucas aumentar a coleção de bonequinhos dele. Com uma bela fome já formada, vimos que estávamos perto de uma outra franquia do Nando´s e lá fomos nós. E que escolha acertada! Boas opções, ótimo custo-benefício.

De lá, ainda era cedo e estávamos a tentar decidir o que fazer. Então, como sempre, o Lucas tirou uma sacada genial da cartola (ou do google), o War Museum. O Imperial War Museums é incrível. São exposições permanentes da 1 e 2 guerra mundial, holocausto, e ainda exibições temporarias.

A felicidade de quem estava num museu num assunto de seu interesse pelas próximas 4 horas 😉

Depois do repouso dos velhinhos no hotel, era hora da última janta em Londres, e resolvemos arriscar mais um asiático, desta vez fomos em busca de dumplings. Apesar de estarmos numa cave aleatória de novo, o lugar era maior e dessa vez acertamos a escolha, os dumplings estavam bem bons. Saímos de lá e ainda havia um espaço na barriga para a sobremesa, fomos então em direção a Piccadilly Circus, onde há um Five Guys fechar a noite com um milkshake mais ou menos e caro.

Então chegou o último dia e eu fiquei saudosa. Sentia saudades de casa e não queria ir embora. Arrumamos as coisas e decidimos tentar ver se o hotel permitiria que nos deixássemos as malas após o check out. Conseguimos deixar as malas, o que foi um sucesso e uma economia com o suposto locker, e fomos em direção ao St James Park, com obviamente um copo de café na mão para acordar.

O propósito de passar no St. James Park no nosso último dia em Londres? Apenas um, alimentar os esquilos!

Em seguida decidimos dar uma volta no Hyde Park, passamos novamente pelo Palácio de Buckingham, que dessa vez estava cheio de gente em frente e jornalistas (ou seja, mais uma vez tinha algo acontecendo e nós obviamente não sabiamos), andamos um pedaço do Hyde Park e decidimos voltar porque eu ainda queria ver o Museu de História Natural.

O Museu de História Natural de Londres é provavelmente o meu favorito. O prédio é lindissimo tanto por fora quanto por dentro. As exposições são legais e é o tipo de museu que atrai todo tipo de gente, é aquele lugar que eu passaria horas sem notar e ainda por cima de graça. Enfim, perto das 15h, era hora de correr pro hotel, pegar as malas e ir apanhar o comboio para o aeroporto. Eu tenho um medo bizarro de perder voos, e por isso sempre prefiro chegar horas antes do que em cima da hora. Só tinha um porém… Em quatro dias de viagem, eu deixei para o ÚLTIMO dia para comprar os souvenirs. O porquê disto? Eu ainda estou me perguntando…

Então numa corrida desenfreada, fomos em direção ao Big Ben, comprei algumas coisas, aceitei que ia voltar de Londres sem uma caneca, corremos para o hotel, pegamos as malas e mais uma corrida para o metro em direção a estação de trem.

Chegamos no aeroporto com tempo, e ainda consegui encontrar uma caneca linda que não precisei vender o rim para comprar. Compramos lanchinhos para comer, e enquanto esperavamos o voo de volta para casa, eu tinha apenas uma única coisa na cabeça: Quero voltar para Londres, ASAP!