Obras, obras infinitas..Remodelando um apartamento em Portugal.

Well,

How I said, compramos um apartamento para renovar.

Ai Salua, mas precisava renovar o apartamento mesmo?

Esse era o estado do banheiro… a cozinha então, vou deixar pra vos surpreender no antes/depois.

Toda vez que eu paro para pensar nisso, eu ainda não entendo como cheguei aqui, e quem me conhece vai dizer, mas Salua, você se formou em Arquitetura, remodelar um apartamento é uma tela em branco com infinitas possibilidades… cês já repararam quanta m*rda pode dar numa tela em branco? Pois é…

Quando achamos o apartamento e começamos a discutir a possibilidade de o comprar e fazer obras, depois de dois dias dizendo ao Lucas que eu não queria nem amarrada me meter nisso, eu concordei que seria difícil acharmos algo que era tão dentro daquilo que queríamos e disse que a única condição para que aquilo acontecesse seria contratar um arquiteto para gerir a obra, isso porque de jeito nenhum eu teria estrutura de lidar com pessoas e obras acontecendo, além de ter que achar as pessoas capacitadas para fazer isso num país que eu não conheço ninguém.

Então, enquanto o rolê da papelada e burocracia andava e me fazia perder os cabelos, fomos atrás de um escritório ou uma arquiteta para nos ajudar.
Encontramos as meninas do MIIU Studio, e a conversa fluiu muito bem obrigada. E depois de uma conversa bastante agradável, voltamos para a casa convencidos que aquela era a melhor decisão. Talvez saísse mais barato fazer tudo sozinha? Provavelmente. Eu conseguiria? O Lucas acredita fielmente que sim, já eu, bom, eu sabia que esse era definitivamente um limite de sanidade que eu não queria ultrapassar.

Assinamos os papéis da casa em novembro,e voltamos a falar com as meninas. Ainda tiveram a gentileza de me dar a oportunidade incrível de entrarmos num acordo e eu fazer todo o projeto executivo (minimizar gastos né queridos, não ganhamos na loteria) e começamos o projeto em dezembro. Corona, natal, ano novo, dezembro passou e nada de obra. Lucas dia sim, dia não tendo uma síncope por que a obra não começava e os prazos indo embora.

Em janeiro, finalmente fechamos o projeto, finalizei o projeto executivo em tempo recorde, afinal eu tinha um cliente bastante exigente respirando na minha orelha e acompanhando cada linha do que eu fazia; Em fevereiro finalmente veio o orçamento e um mini ataque cardíaco e em 17 de fevereiro, habemus início de obra!

Não vou mentir, foi uma alegria ver as coisas ganhando forma. Vale a pena o estresse? Se você for como eu, não. Eu consigo sair da dancinha da felicidade, para o stress de qualquer alteração em questão de segundos. E acredite quando eu digo que você vai ter de alterar alguma coisa. Cada dia que passava dessa obra eu me sentia mais naquele programa “irmãos à obra” (property brothers), que cada vez que você visita vem uma notícia diferente que vai te levar dinheiro que, obvious, não temos. Além de que fazer obras, no nível em que fizemos, é ter de escolher ABSOLUTAMENTE tudo para o apartamento, o que provavelmente é o paraíso para 99% das pessoas menos para nós que passamos horas a tentar chegar em alguma conclusão numa coisa tão simples quanto diferentes tipos de piso cinza.

Fora o facto de que é matematicamente impossível pagar uma obra e viver numa casa arrendada aqui, então tínhamos um prazo bastante apertado para fazer a obra andar, muitas decisões corridas a tomar, e uma ansiedade descomunal de ver tudo pronto.

Estão preparados para ver o antes e depois do apartamento? Vamos lá!