Vou tentar não generalizar logo de imediato porque sei que essa não é a realidade de todo mundo, mas no Brasil (e acho que mais ainda em Portugal) por norma, não temos o hábito de assim que ficamos “adultos” sair de casa e ir viver a vida. Grande parte de nós tem um apego familiar em que a saída de casa só acontece em motivos específicos como, por exemplo, estudar em algum lugar diferente, casar, e etc.
Minha mãe mesmo é o tipo de mãe exemplo que jamais se importaria se os filhos escolhessem viver com ela pra sempre.
Não julgo, viver com os pais é cômodo em muitos níveis, principalmente a nível financeiro, mas é também como a nível emocional; e é sobre isso que eu quero falar.
Quando estamos sobre o teto de outro alguém, é fácil tirar várias responsabilidades das costas. Na minha casa, por exemplo, eu não precisava me preocupar com compras, comida, nenhum tipo de problema doméstico, e não é que você não saiba como essas coisas funcionam, mas você não precisa resolvê-las!
Daí você vai viver sozinha, e é você com você mesma, ou no meu caso com o Lucas para resolver qualquer buxa que pode existir.
Ninguém marca médico para você, você tem que explicar o que ta sentindo e tem que “se” levar para o hospital.
Você tem que se lembrar o que tem em casa, o que não tem e organizar uma lista de compras. (eu SEMPRE deixo algo para trás)
Você tem que pagar as contas, fazer contas e administrar o dinheiro.
Você tem que saber quem conserta o que, e ligar para resolver.
E se tem uma coisa que eu d e t e s t o fazer é ter de ligar para alguém.
Ah e se você tem um pet ou um filho, multiplica toda essa chatice por dois, porque além de você ainda tem outra vida sob sua responsabilidade.
E no meu caso, multiplica por 4 por estar num país diferente do que você nasceu.
Anyway, só desabafos da vida adulta.